"É uma entrevista como se estivesse tudo bem." Catarina Martins diz que Costa não responde ao país

Catarina Martins defendeu que "a única novidade é que António Costa assume que pode perder as eleições europeias", considerando "desastrosa" a entrevista do primeiro-ministro.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, criticou esta terça-feira a entrevista do primeiro-ministro à RTP, na segunda-feira, considerando-a "desastrosa" e lamentando que António Costa não tenha respondido aos problemas reais dos portugueses.

"É uma entrevista como se estivesse tudo bem, num momento em que o país está com tantos problemas", disse Catarina Martins, em declarações à margem da apresentação de uma queixa da Comissão Política do BE na Procuradoria-Geral da República (PGR), a propósito de alegadas ilegalidades na contratação de mão de obra imigrante através de empresas angariadoras.

A coordenadora do Bloco de Esquerda fala de um "Governo que não faz nada", referindo-se à inflação, aos problemas de habitação e educação em Portugal.

Catarina Martins defendeu que "a única novidade é que António Costa assume que pode perder as eleições europeias".

"A inflação é a especulação"

Relativamente aos dados mais recentes sobre o crescimento da economia portuguesa, Catarina Martins considera que o resultado não é visível para os cidadãos comuns.

"O que estes números provam é que se a economia cresce e o salário está cada vez mais curto, há mesmo um problema de desigualdade, ou seja, a inflação é a especulação", disse a líder bloquista.

Para a coordenadora do Bloco de Esquerda "há duas respostas básicas", que já deviam estar feitas, e passam pela "atualização de salários e pensões e controlo de preços".

Esta manhã, a coordenadora do Bloco de Esquerda entregou na Procuradoria-Geral da República uma queixa sobre alegadas ilegalidades cometidas na contratação de imigrantes, através de empresas angariadoras. Catarina Martins denunciou situações em zonas como o Alentejo, Algarve e região oeste.

"Achámos que devíamos trazer todos os dados para o Ministério Público fazer o seu trabalho. Não basta dizer que as coisas estão mal, é preciso que haja investigação", defendeu.

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