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O primeiro-ministro, António Costa, é uma das figuras do Estado que está, esta terça-feira, presente no funeral de Rui Nabeiro. No momento de "grande tristeza" para todos os que conheceram o comendador e para a vila de Campo Maior, recorda um homem "irrepetível" e com "grande visão".
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"É um homem que teve uma grande visão, com uma enorme preocupação com todos os que trabalhavam com o grupo Delta. Tive o privilégio de poder verificar como sabia exatamente o nome de cada um dos funcionários e funcionárias. Era um homem encantador e foi um grande socialista, militante do PS e não houve campanha eleitoral onde não estivesse presente. Além da relação de admiração como empresário, tinha também essa relação de camaradagem", recordou Costa.
Ouça as declarações de António Costa.
O primeiro-ministro ressalvou também o trabalho de Rui Nabeiro, sublinhando que "é muito difícil" fazer uma grande empresa, de dimensão internacional, num país como Portugal.

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"Felizmente, desde 1986, a raia reconverteu-se e Campo Maior hoje é muito importante graças ao grupo Delta que, além do café, está presente no vinho, nos azeites e em diversos domínios", afirmou o primeiro-ministro.
Costa revelou que sempre que está fora do país, numa cidade europeia, procura um café Delta, que "faz a diferença" em relação a todos os outros cafés.
O funeral de Rui Nabeiro já começou.
Cada um de nós é irrepetível e o comendador Nabeiro é irrepetível. O comendador Nabeiro não era só um empresário, era um homem de enorme humanidade para com a sua terra e aqueles que trabalhavam consigo", acrescentou.
O empresário Rui Nabeiro, fundador do Grupo Nabeiro - Delta Cafés, morreu no domingo, aos 91 anos, vítima de doença, no Hospital da Luz, em Lisboa.
As cerimónias fúnebres decorrem na Igreja Matriz de Campo Maior. O cortejo fúnebre seguirá em direção ao Cemitério Municipal da vila.
Manuel Rui Azinhais Nabeiro nasceu em Campo Maior, vila do interior do país, no distrito de Portalegre, junto à raia com Espanha, em 28 de março de 1931.