Governo procura soluções que "deem segurança às grávidas" e garante: "Ninguém ficará sem resposta"
Lacerda Sales assegura que está a trabalhar com o Conselho de Administração do Hospital de Aveiro para assegurar o serviço de obstetrícia e ginecologia que poderá estar encerrado no período noturno durante todo o mês de agosto.
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O secretário de Estado Adjunto e da Saúde garantiu que "ninguém ficará sem resposta" caso alguns serviços, como as urgências de obstetrícia e as unidades vias verde AVC, sofram constrangimentos durante agosto, porque, justificou, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "funciona em rede".
Respondendo às questões dos jornalistas, à margem da inauguração de um serviço de medicina intensiva no centro Hospitalar do Baixo Vouga, Lacerda Sales assinalou que, no caso do serviço de obstetrícia e de ginecologia de Aveiro, que pode encerrar durante todo o mês, durante uns dias o serviço estará sempre assegurado.
"Estamos a procurar soluções para algumas noites onde ainda não está assegurado", afirmou, assinalando que a prioridade é "completar as escalas", procurando "soluções locais para dar respostas de proximidade".
Quando isso não é possível, disse o governante, "temos que procurar respostas em rede que deem segurança às grávidas, é isso que estamos à procura".
Questionado sobre se deslocar grávidas para outros serviços não irá causar problemas noutras unidades (por exemplo, em Coimbra, no Porto e em Viseu), Lacerda Sales sublinhou que os hospitais "estão preparados para este trabalho em rede". "É um funcionamento em rede e devidamente preparado", acentuou.
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Confrontado com as situações recentes em que o INEM demorou a prestar socorro (na semana passada, uma idosa de 83 anos sofreu uma queda, em Campolide, em Lisboa, acabando por morrer depois de ter estado à espera de uma ambulância), Lacerda Sales disse que estes casos são uma exceção.
Lamentando todos os casos que, "pontualmente, possam aparecer - e, obviamente que vão aparecendo", o responsável disse que o objetivo é trabalhar para que não voltem a acontecer. Lacerda Sales socorreu-se de um inquérito recente do INEM feito aos utentes que dava conta de 95% de satisfação e menos de 2% de inoperacionalidade. Além disso, há um reforço de 23 meios durante este verão e tem sido feita formação na área dos técnicos de emergência pré-hospitalar". Por isso, defendeu, "acho que temos de preservar e salvaguardar a boa imagem que o INEM tem, obviamente corrigindo aquilo que são exceções pontuais."
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Quanto ao novo regime excecional de pagamento das horas extra aos médicos nas urgências, um diploma que o Presidente da República já promulgou, Lacerda Sales considerou tratar-se de "um justo reconhecimento do trabalho dos profissionais". "São soluções necessárias para respostas imediatas", frisou, referindo-se também às reuniões com os sindicatos para iniciar um processo para resolver problemas estruturais (designadamente sobre a atualização da grelha salarial).
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