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O Governo português vai reunir-se ainda esta quarta-feira, ao final da tarde, com epidemiologistas, sabe a TSF, um encontro que foi entretanto confirmado pelo primeiro-ministro, António Costa, em Bruxelas.
A reunião vai ser liderada pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
António Costa dá conta da realização de uma reunião esta quarta-feira.
As duas governantes vão, depois, reunir-se com o primeiro-ministro, António Costa, quando este regressar de Bruxelas, onde discursou esta manhã.
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"Amanhã temos Conselho de Ministros e estamos a avaliar a evolução da situação, os números de hoje são particularmente dramáticos", reconheceu o primeiro-ministro.

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Costa realça "custo social" do encerramento das escolas
Questionado sobre a possibilidade de encerramento das escolas portuguesas, António Costa garante que o Governo "nunca hesitará em tomar, a qualquer momento, qualquer medida que seja necessária para travar a pandemia", mas realça "o custo social e no processo de aprendizagem das crianças" do encerramento durante o último ano letivo.
"Pagaremos ao longo dos próximos anos" o custo de fechar escolas.
O chefe de Governo sublinha que "não se trata de compensar as perdas económicas de uma empresa", reconhecendo que o país "não tem dinheiro, infelizmente, para compensar a dimensão das perdas que as pessoas estão a ter", mas que se trata sim "da formação de uma geração", e do risco de um dano cujo preço "pagaremos ao longo dos próximos anos".
Análises "decisivas" para perceber grau de prevalência da nova estirpe
"É cedo também para tirarmos conclusões finais sobre as medidas que tomámos na semana passada", assinalou António Costa, que sublinhou que "entre o momento em que se toma as medidas e aquele em que produzem efeitos há, pelo menos, duas semanas de demora.
Agora, nota, "é necessário calibrar para perceber se é necessário tomar mais alguma medida", embora ressalve que o Governo não pode "tomar decisões sob pressões".
Governo não pode "tomar decisões sob pressões"
"Temos de ir tomando decisões em função daquilo que são as realidades e a dinâmica efetivas", acrescentou o primeiro-ministro. As análises realizadas pelo Instituto Dr. Ricardo Jorge com base em amostras recolhidas nos últimos dias "são decisivas" para perceber "qual é o grau de prevalência" em Portugal da nova estirpe de SARS-CoV-2, que acelera o ritmo de transmissão.
Portugal voltou a registar novos máximos diários de mortes e novas infeções por Covid-19. Estão confirmadas 9465 mortes devido à Covid-19, mais 219 do que no último boletim epidemiológico.
O número de pessoas infetadas pela doença até agora é de 581.605, mais 14.647 nas últimas 24 horas. Há, neste momento, 143.776 casos ativos.

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