A coordenadora do BE lembra que "há quatro anos o PS não ganhou eleições" e ainda assim foi possível "uma solução que foi estável" durante a legislatura, considerando "fruta da época" eleitoral os apelos dos socialistas.
Corpo do artigo
O nono dia de campanha começou com uma paragem habitual da caravana bloquista, a Feira de Espinho, distrito de Aveiro. Depois de uma receção calorosa, Catarina Martins foi confrontada com as declarações do ministro Augusto Santos Silva sobre os riscos de "um poder desmedido" de algum dos parceiros à esquerda do PS.
TSF\audio\2019\09\noticias\30\afonso_de_sousa_bloco_feira_de_espinho_13h
"Há quatro anos, o PS não ganhou eleições e conseguimos ainda assim uma solução que foi estável durante quatro anos porque protegeu salários, pensões, os direitos das pessoas. Acho que é um pouco fruta da época estes apelos", atirou.
TSF\audio\2019\09\noticias\30\catarina_martins_ps_nao_ganhou_eleicoes
A líder bloquista insistiu na ideia de que "há quem no PS esteja zangado com os últimos quatro anos e tenha eventualmente vontade de recuar nalguns dossiês".
"Mas as pessoas deste país sabem que o Bloco de Esquerda é a força que impede uma maioria absoluta e é força que puxa pelas condições concretas de vida deste país: no salário, na pensão, nas condições de trabalho, na habitação. No que conta, o BE não falta", assegurou.
Esta "força do BE", defendeu Catarina Martins, é algo que "há tanta gente que reconhece que é necessária no Parlamento para se continuar um caminho que puxe pelo país, puxe pelas condições concretas de vida das pessoas".