Marcelo e o estado de emergência. "Impõe-se manter medidas de contenção, manter pressão na mola"
O Presidente da República admite a manutenção do estado de emergência em Portugal, sublinhando que a decisão será conhecida até esta quarta-feira, após as reuniões com os especialistas. A questão das escolas é decidida na próxima semana.
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Portugal vai ou não continuar em estado de emergência. Marcelo Rebelo de Sousa admite que essa é uma possibilidade, mas não revela, para já, qual vai ser a decisão. "Impõe-se manter as medidas de contenção. Importa manter a pressão na mola, para que a mola não suba", afirmou na tarde desta terça-feira o chefe de Estado, depois de um encontro com os especialistas em saúde, entre outros responsáveis de várias áreas, no Infarmed, em Lisboa.
"Acontecerá o que tiver de acontecer", disse o Presidente da República, não revelando se o estado de emergência - que foi imposto no país na sequência da pandemia de Covid-19 - vai ou não ser renovado.
Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que a reunião marcada para a próxima semana com especialistas vai ser decisiva para uma eventual reabertura das escolas a partir do dia 9 de abril (próxima quinta-feira). A decisão final será tomada pelo Governo liderado por António Costa.
Medidas eram necessárias
Questionado pela TSF no final da conferência de imprensa no Infarmed, o Presidente mostrou estar agora um pouco mais tranquilo, após a reunião com os especialistas em saúde, mas admitiu que, enquanto a situação não for no sentido da normalização, continuará atento e não estará descansado.
"Era necessário haver as medidas que foram tomadas. Valeu e valerá a pena o esforço dos portugueses", considerou também Marcelo, acrescentando que o território nacional regista "um crescimento de 15% a 20%" de casos do novo coronavírus - ainda longe do pico da pandemia.
Marcelo Rebelo de Sousa reiterou ainda que a decisão da renovação do estado de emergência passará sempre - como impõe a lei - pelo chefe de Estado, pelo Governo e pela Assembleia da República. A decisão sobre este assunto tem de ser tomada até esta quarta-feira, sendo que, em caso de aprovação, volta a entrar em vigor logo no dia a seguir.
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