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O líder do PSD, Luís Montenegro, rejeitou esta quinta-feira a existência de qualquer tipo de concertação com André Ventura no que respeita à tentativa de eleição, pelo Chega, de um vice-presidente da Assembleia da República.
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"Não houve concertação nenhuma", respondeu Montenegro quando confrontado, pela TSF, com as declarações do líder do Chega de que teria, precisamente, concertado com o homólogo social-democrata o apoio à candidatura de Rui Paulo Sousa.
Concertação? "Não houve". Ouça a reportagem da TSF junto de Montenegro.
"As declarações que li dizem precisamente o contrário, que não houve concertação nem reunião comigo, nem com o PSD, a nossa posição é institucional", garantiu Montenegro, antes de acrescentar aos jornalistas no local que o caso "não tem significado político" e que a situação é "muito clara" para o partido que lidera.
Em causa está o apelo, feito pelo líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, para que os deputados do partido aprovassem o candidato do Chega à vice-presidência da Assembleia da República. André Ventura disse, esta tarde, ter lido notícias sobre esta iniciativa, "que deixavam claro que esta posição de Joaquim Miranda Sarmento foi concertada com Luís Montenegro" e acabou por acrescentar: "E foi mesmo, concertada com Luís Montenegro e comigo."
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Ora, na ótica do líder do PSD, não foram dadas mais do que "orientações", até porque "os deputados votam em quem entenderem".
"Mal ia uma liderança política se não desse orientações, do ponto de vista do que são os eixos fundamentais, ao seu grupo parlamentar", assinalou Montenegro, que garantiu não abdicar desta posição.
A eleição de Rui Paulo Sousa para o lugar de vice-presidente da Assembleia da República acabou por falhar por obter apenas 64 votos favoráveis dos 116 de que precisava.