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Eduardo Baptista vai contestar a decisão de ser excluído das eleições presidenciais. Apesar de ter apresentado apenas 11 assinaturas, quando são necessárias 7500, o candidato garante que não desiste e vai apresentar argumentos ainda esta quarta-feira, no Tribunal Constitucional.
Para Eduardo Baptista, a candidatura é "possível por lei". A lei permite "que a gente formalize a candidatura sem entregar a documentação toda", argumenta, em declarações à TSF, depois de afirmar que a candidatura não é uma brincadeira.
"Isto não é nenhuma forma de protesto, nem estou a gozar com isto. Não é para gozar nem pôr em causa o sistema. Fiz porque quero mesmo ser Presidente da República. Estou numa condição especial, considero que fui bloqueado na minha campanha, consegui arranjar 11 portugueses que acreditaram em mim e que me propuseram para Presidente da República."
Ouça os argumentos de Eduardo Batista
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Após conseguir 11 assinaturas de cidadãos que acreditam na candidatura, Eduardo Baptista é perentório: "Acho que devo ter o mesmo direito que os outros." Agora, sustenta, só quer que o projeto que defende seja apresentado, a par dos outros candidatos presidenciais já formalizados. "Esta primeira fase correu mal, não me deram as condições, mas se eu passar para a segunda fase e puder ter as mesmas condições que os outros candidatos, ser ouvido na televisão, expor o meu projeto, para mim está tudo bem."
Eduardo Batista é militar na NATO e fundamenta que, por estar no estrangeiro, teve apenas um mês para trabalhar na candidatura. Garante que já apresentou queixa no Tribunal Administrativo, mas se for forçado a ficar de fora, já tem quem apoiar. "Se não me ouvirem, se não me derem razão, eu ficaria a favor do candidato Tiago Mayan Gonçalves, porque é um candidato de uma nova geração."
Eduardo Batista elogia Tiago Mayan Gonçalves
Na perspetiva do militar, "Portugal precisa de políticos mais jovens para levar o país para a frente" e o candidato da Iniciativa Liberal teve, diz Eduardo Baptista, "coragem moral para utilizar o seu tempo de antena para chamar a atenção para a minha questão e para a questão de Vitorino Silva".
Eduardo Baptista garante que, se for preciso, apresentará queixa até no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, mesmo que a luta na justiça demore várias décadas.