
Manifestações contra a realização do I Congresso do CDS, no Porto
Global Imagens/Arquivo JN
Há quatro décadas, o CDS era presidido pelo Diogo Freitas do Amaral à data do primeiro congresso do partido que foi interrompido com o famoso cerco no Palácio de Cristal.
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Foi a 25 de janeiro de 1975. O CDS estava reunido no seu primeiro congresso, o partido era então liderado por Diogo Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa era o secretário-geral.
Reunidos no Palácio de Cristal, no Porto, hoje Pavilhão Rosa Mota, os centristas foram cercados por manifestantes da extrema-esquerda. Foi um dos episódios mais marcantes na história do partido.
Os trabalhos foram interrompidos a meio da tarde, como recorda o deputado José Ribeiro e Castro que foi um dos cercados nesse dia.
Em declarações à TSF, Ribeiro e Castro lembra que chegou a haver tiros e muitas ameaças. Foram horas de grande intensidade, o que para um jovem de 21 anos, que tinha à data Ribeiro e Castro, era um momento de grande adrenalina.
Ribeiro e Castro admite que as coisas podiam ter acabado mal e que só não foi pior porque foi muito forte a pressão internacional para que as Forças Armadas interviessem para proteger os convidados estrangeiros.
Os trabalhos do congresso só foram dados como encerrados um mês depois, também no Porto, no Palácio dos Pestanas, numa sessão clandestina para aprovação dos documentos e para eleição dos órgãos do partido.
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