António Costa visitou, na manhã desta segunda-feira, as obras de recuperação do antigo Hospital Militar de Belém.
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O aviso é do próprio António Costa. Abril vai ser o mês mais crítico da pandemia do novo coronavírus para Portugal e os portugueses têm de estar preparados.
"O país vai entrar no mês mais crítico desta pandemia e é por isso fundamental que nos preparemos para este mês que vamos ter pela frente. Os nossos hospitais têm vindo a dar resposta às necessidades, estamos a fazer tudo para que continuem a dar resposta, mas obviamente que se a pandemia continuar a evoluir como está projetado que venha a estar, é fundamental podermos ter estas unidades de retaguarda", avisa António Costa.
O primeiro-ministro sublinhou que, para que o país esteja preparado, é fundamental a mobilização organizada de todos.
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"É muito importante que quem quer fazer donativos, quem quer tomar iniciativas, as procure articular através das Administrações Regionais de Saúde, sob pena de nós termos a concentração de muitos recursos onde eles menos são necessários, e de nos falharem recursos essenciais onde eles são absolutamente indispensáveis. A boa vontade de todos é fundamental, mas tem de ser organizada. Porque como já vimos em experiências anteriores, perante grandes catástrofes, quando a generosidade não é devidamente organizada, nós perdemos e desperdiçamos recursos e hoje não podemos desperdiçar recurso nenhum", explicou o primeiro-ministro.
"Sentido de salvação e unidade nacional tem prevalecido"
Em resposta a Rui Rio que, no domingo, em entrevista à RTP1, disse que o Governo que vier terá de ser a salvação nacional, António Costa afirmou que o sentido de salvação nacional tem prevalecido.
"Temos de fazer um esforço do ponto de vista económico e social. Há um conjunto de medidas que visa assegurar um suporte de vida às famílias e empresas durante os próximos três meses. O esforço necessário tem de ser de todos. O sentido de salvação e unidade nacional tem prevalecido. Não devemos agora consumir-nos a fazer discussões políticas. Temos de estancar a pandemia e prestar auxílio a quem está infetado", respondeu Costa.
Já quanto ao estado de emergência, tudo indica que venha a ser prolongado esta semana, para que as medidas que têm de ser adotadas continuem a aplicar-se.
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"Neste momento nada justifica a alteração das coisas, que têm estado a correr muitíssimo bem. O Presidente da República tomará esta semana a iniciativa de renovar ou não o estado de emergência, o Governo dará nessa altura a sua opinião ao Presidente da República, e haverá uma decisão da Assembleia da República", acrescentou o primeiro-ministro.
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