João Frazão não adianta números, mas assegura que tem havido "centenas ou milhares de despedimentos".
Corpo do artigo
O PCP considera que as medidas anunciadas pelo Governo são curtas e insuficientes para combater os "despedimentos selvagens" que estão a acontecer devido ao surto do novo coronavírus e ao estado de emergência decretado em Portugal. Apesar de ainda não ter números concretos, João Frazão assegura que são "muitos e inaceitáveis" e explica que é preciso travar esta situação, mesmo em casos de falsos recibos verdes.
É preciso garantir a "proibição dos despedimentos no período em que durar o surto epidémico de trabalhadores com vinculo efetivo ou precário, entre os quais se encontram os falsos recibos verdes", sublinhou, frisando que "não é aceitável que se aproveite o vírus para liquidar direitos".
Numa conferência de imprensa por videoconferência, o dirigente do PCP aponta ainda para a necessidade de haver uma "remuneração a 100%, seja em caso de isolamento profilático, seja para acompanhamento de menores ou idosos a cargo, seja por alteração da situação de cada um por decisão das empresas ou das autoridades competentes", incluindo o subsídio de refeição.
João Frazão realça que tem de haver uma "resposta imediata para assegurar o pagamento integral dos salários dos trabalhadores de empresas cuja atividade está suspensa", sugerindo que criação de "mecanismos específicos", onde se inclui "meios financeiros disponibilizados pelo Orçamento do Estado" e não pela Segurança Social.
"Para situações excecionais são necessárias medidas excecionais", aponta, explicando que "não podem ser as verbas da Segurança Social a responder a esta emergência".