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O Bloco já tinha admitido que queria ser um partido de poder. Nesta XII Convenção Nacional da força política de esquerda, o seu fundador, Francisco Louçã, asseverou que, num Governo liderado pelo Bloco, não haverá espaço para "parasitismo" e um Ministério das Finanças que peça dinheiro aos contribuintes para o que não seja "bem público". Portugal precisa da "hora da esquerda", vincou.
"Quando a Mariana for ministra das Finanças, não o Estado não será um porquinho mealheiro para pagar aventuras como o Novo Banco."
Apoiando a moção A e a atual liderança do partido, Francisco Louçã disse que, há seis anos, com Catarina Martins, o Bloco se tornou a terceira maior força política em Portugal. O fundador do BE enalteceu a coordenadora do partido, cuja direção desmantelou o bipartidismo e destronou a direita - "Com esta força do Bloco, temos a certeza de que não teremos uma maioria absoluta que protege a desigualdade social, nem a direita voltará ao Governo."
O fundador do Bloco também explicou a ascensão do BE com uma "coerência, clareza e força", que tiveram a sua prova maior num acordo que começou uma política de subida de salários e pensões. E recuou aos tempos da geringonça para demonstrar o empenho da liderança bloquista para conseguir compromissos ao nível dos direitos sociais.
"Esta coerência é clareza. Clareza foi nunca recuar nas prioridades." A direção de Catarina Martins luta, por isso, por uma "democracia responsável", posicionou-se. "Quando o Governo matou a geringonça em 2019 depois de não ter conseguido o poder absoluto, clareza foi nunca recuar nas prioridades. É deste partido de que gosto."
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