China e Rússia suspeitas de ciberespionagem a Portugal em instituições de saúde e estatais

O jornal Público falou com quatro fontes que investigam e analisam este tipo de criminalidade e todos identificam a China e a Rússia como origem destas ações de ciberespionagem.

A China e a Rússia são suspeitas de fazerem ciberespionagem a Portugal. O Relatório Anual de Segurança Interna de 2020 já reconhecia o aumento da ciberespionagem de origem estatal sem revelar quais os países que estariam a fazê-la. O jornal Público garante agora que são ciberataques russos e chineses e a Polícia Judiciária já está a investigar.

O jornal Público falou com quatro fontes que investigam e analisam este tipo de criminalidade e todos identificam a China e a Rússia como origem destas ações de ciberespionagem.

Estas fontes explicam que é possível determinar a autoria dos ataques essencialmente pelo tipo de tecnologia utilizada e pela forma de atuar.

A China está mais associada a ciberataques contra instituições de saúde. Já a Rússia tem atuado junto de entidades ligadas ao Estado.

O Público contactou as embaixadas da China e da Rússia em Portugal que não confirmam a informação, mas também não negam de forma expressa terem estado por trás de ataques contra instituições portuguesas.

A embaixada chinesa sublinha que o governo chinês é um defensor firme da cibersegurança, mas também uma das maiores vítimas deste tipo de ataques e refere ainda que a China combate os ataques e espionagens cibernéticos sempre conforme as leis.

Já a embaixada russa considera que seria razoável apresentar provas, caso contrário não passa de uma mera especulação infundada, e lembra que o relatório de segurança interna não menciona qualquer país.

A Rússia afirma ainda estar disponível para resolver qualquer caso com países estrangeiros e recorda que Portugal está muito bem informado sobre como interagir com este organismo.

O Público contactou também o gabinete do primeiro-ministro e o centro nacional de cibersegurança que não quiseram fazer comentários.

José Tribolet , investigador e antigo presidente do INESC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores), em entrevista à TSF, fala da ciberespionagem como uma prática corrente à qual Portugal não está imune e recomenda que o país se prepare melhor para lidar com esta realidade.

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