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Uma decisão discriminatória que vai contra os valores da Revolução. É com estas palavras que Rodrigo Sousa Castro, Capitão de Abril, critica a decisão da Associação 25 de Abril que só permite que possa participar no desfile na Avenida da Liberdade quem faz parte da comissão organizadora.
"A comissão organizadora devia abrir a participação a todos os que habitualmente vão à manifestação apoiar o 25 de Abril. Depois, há regras de distanciamento para cumprir, que estão estabelecidas, e essas regras não têm nada que ver com a qualidade dos presentes. Nem a Direção Geral da Saúde pode impor a qualidade dos presentes ou quem é que vai à manifestação ou deixa de ir, porque à DGS só compete exigir o cumprimento das regras sanitárias e atuar", sustenta.

Rodrigo Sousa e Castro, Coronel na reforma e capitão em 1974, participou na revolução portuguesa
© Reinaldo Rodrigues / Global Imagens
O coronel Sousa e Castro diz que não compreende como a associação aceitou participar no que diz ser uma decisão discriminatória: "À comissão promotora, se fosse uma comissão liberal no sentido de aceitar a participação de todos os que querem comemorar o 25 de Abril, pelos vistos não tinha excluído a Iniciativa Liberal, que parece que é isto que está em causa. Eu discordo completamente desse critério. Acho até incrível que a Associação 25 de Abril aceite participar em decisões discriminatórias desse tipo."
Para Rodrigo Sousa e Castro esta decisão vai contra os valores de Abril, já que "o espírito do 25 de Abril é um espírito inclusivo", isto é, "o 25 de Abril foi feito para as pessoas viverem a Liberdade, contra uma ditadura de extrema-direita.
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"Quem não tem lugar no 25 de Abril são os racistas, xenófobos, os tipos de extrema-direita", remata