Apoios sociais podem atenuar efeitos da pandemia na saúde mental

Numa entrevista à TSF, Miguel Xavier, o diretor do Plano Nacional de Saúde Mental, alerta para os riscos ainda desconhecidos da pandemia e da crise económica.

O diretor do Plano Nacional de Saúde Mental diz que prevenir das doenças mentais passa muitas vezes por medidas que não partem do Ministério da Saúde. É na qualidade e na quantidade dos apoios sociais que começa a travar-se a batalha contra o medo, que pode depois passar para outros problemas mais graves.

Quem não tem dinheiro, pode perder a casa, ou a capacidade de alimentar a família. É desse medo que fala Miguel Xavier, há três anos à frente de um Plano Nacional de Saúde Mental, que tem de lidar com um desinvestimento crónico do setor.

Algo que pode estar a mudar. Miguel Xavier, também professor catedrático na Nova Medical School, e diretor no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, diz na entrevista à TSF que a bazuca europeia traz uma oportunidade histórica de investimento no sistema da saúde mental.

Este responsável espera que o investimento chegue nos próximos três anos, com a contratação de pessoas, porque são pessoas "treinadas" que mais falta fazem nesta área.

O médico admite que muitas das consequências da pandemia, em termos de doenças mentais, ainda estão por conhecer.

Mas também diz que a psiquiatria foi dos poucos setores da medicina, que não diminuiu o atendimento, no último ano. Pelo contrário. Diz Miguel Xavier que o número de consultas de psiquiatria aumentou.

O Plano Nacional de Saúde Mental deve, em breve, atualizar as recomendações, feitas em março do ano passado, sobre as boas práticas na área da saúde mental.

O professor catedrático diz que as crises abrem janelas de oportunidade, e neste caso, essas janelas mostram as fragilidades do sistema de saúde nesta área e a importância que a saúde mental tem nestes momentos.

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