O primeiro-ministro reitera confiança nos profissionais do SNS para lidar com os casos confirmados de coronavírus em Portugal. António Costa não descarta impactos na economia - que estão em avaliação - mas lembra as metas "muito prudentes" traçadas pelo governo.
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Calma e confiança. Estas são palavras-chave para o primeiro-ministro na reação ao primeiro caso de coronavírus confirmado em Portugal, sendo que António Costa está totalmente confiante no trabalho dos profissionais de saúde portugueses.
Desejando "as melhoras" aos casos conhecidos esta segunda-feira como positivos no Porto, António Costa expressa a preocupação do governo, mas também a "confiança no nosso sistema de saúde e em todos os seus profissionais". "Seguramente estarão à altura de enfrentar esta situação", nota o primeiro-ministro.
À margem de uma iniciativa no Campus de Justiça, em Lisboa, o primeiro-ministro "redobra o apelo" para prevenir contágios e lembra que os cuidados a ter com os primeiros sintomas são ligar para a Linha Saúde 24 e seguir as indicações.
Impactos na economia sob avaliação
Numa altura em que a nível global começam a ser revistas metas económicas por causa do coronavírus, o primeiro-ministro português não descarta eventuais impactos, mas garante que as metas económicas traçadas pelo governo foram "muito prudentes" e que, por isso, os resultados têm sido superiores às metas apontadas ao longo dos últimos anos.
E a explicação é simples: "Não é por falta de otimismo, mas por uma questão de conservadorismo responsável". António Costa sublinha que "ao longo do ano, a vida económica está sempre sujeita a imprevistos", como "este" do coronavírus que "ninguém podia prever e aconteceu".
Mas o executivo está de olho nas consequências, nomeadamente com os ministros da Economia e das Finanças a lidar com o assunto. No caso de Pedro Siza Vieira, o primeiro-ministro explica que ele está reunido com as associações empresariais para "detetar em concreto quebras em algumas cadeias de fornecimento na área industrial, para componentes com origem na China onde parou a laboração e foi interrompido o fluxo da produção de peças".
Já no caso de Mário Centeno, que além de ministro das Finanças preside também ao Eurogrupo, vai ter uma reunião em teleconferência com os restantes responsáveis da zona euro para uma "avaliação à escala europeia sobre os impactos nestas economias e medidas concretas para minorar efeitos nessas economias".