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Lisboa viveu na última noite "um fenómeno meteorológico muito extremo", com chuva intensa e inundações em vários pontos da Área Metropolitana, que obrigaram ao empenhamento de mais de 800 operacionais e "um esforço enorme a todo o sistema de Proteção Civil", revelou esta quinta-feira Patrícia Gaspar, Secretária de Estado da Administração Interna.
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"Todo o sistema esteve a funcionar na sua plenitude, com uma especial articulação com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera", destacou.
"Temos muito trabalho pela frente (...) Há agora aqui todo um trabalho de recuperação nas próximas horas, que vai ter que ser feito", incluindo apoio às mais pessoas que tiveram de ser retiradas de casa.
Além disso, alerta Patrícia Gaspar, a tempestade ainda não deu tréguas. "As próximas horas serão caracterizadas por alguma intermitência relativamente às condições meteorológicas. Isto significa que vamos ter períodos de maior tranquilidade - maior abertura - como aquilo que se está a fazer sentir agora, mas vamos ter também episódios de precipitação que poderá ser pontualmente forte".
"Sabemos que a próxima noite vai ser caracterizada por um novo agravamento da situação meteorológica. Não se espera, para já, uma situação semelhante àquela que vivemos na noite passada, mas ainda assim temos condições para novos episódios de precipitação forte, acompanhadas também de vento forte."
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Patrícia Gaspar deixa ainda um apelo à população nas zonas mais afetadas pelo mau tempo: "que se mantenham atentos a todas as informações que vão sendo veiculadas pela comunicação social, emitidas pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera"
As indicações das autoridades devem ser "escrupulosamente respeitadas" e, se possível, as pessoas devem ficar em casa, limitando as deslocações limitadas ao estritamente necessário.
"O quadro meteorológico é um quadro intermitente, é um quadro que se vai agravar ao longo do dia, nomeadamente na madrugada de hoje para amanhã e é expectável que possam ver outras situações, eventualmente de menor dimensão, mas temos que estar atentos", reforçou o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.
O responsável apelou a que as pessoas se "autoprotejam", tentem minimizar a "entrada de água nas suas habitações" e evitem a circulação "em zonas que estejam afetadas por linhas de água, pela subida da linha de água ou inundadas". Isto porque muitas das pessoas que tiveram de ser resgatadas na noite passada "arriscaram" ao entrar em locais que já estavam inundados.
"Não se exponham ao risco, mantenham-se atentos, cautelosos, e acima de tudo com um comportamento adequado face a esta situação meteorológica", apelou.
O alerta Laranja mantém-se em Lisboa, Setúbal, Faro, Santarém e Leiria, enquanto o resto do país estará em alerta amarelo nas próximas horas. A zona centro, nomeadamente os distritos de Castelo Branco, Viseu, Guarda e Coimbra, poderão ser, desta vez, os mais afetados.