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Já havia relatos da sua utilização noutros países, mas em Portugal é algo mais recente.
Têm-se registado apreensões de botijas deste gás, também chamado gás hilariante ou a droga do riso, em diversos espaços de diversão noturna. Recentemente foi em Albufeira. A GNR detetou 13 garrafas desta substância, mas este verão houve pelo menos outras duas apreensões. Em Almada (também 13 botijas) e uma outra, de grande monta, no Monte da Caparica: 164 botijas de gás nitroso.
O presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) considera que o fenómeno está a adquirir alguma dimensão. "Estará a tornar-se uma moda", afirma João Goulão. Embora haja relatos de que este gás já tenha provocado a morte dos seus utilizadores nalgumas circunstâncias, geralmente o que faz é provocar uma sensação de bem-estar. "Sensação de relaxamento, de inebriação, provoca gargalhadas mais ou menos descontroladas e tem um efeito que dura apenas algumas minutos, o que leva à repetição da sua administração", conta. "Daí a possibilidade de intoxicação sobrevir", adverte. Pode acontecer sobretudo se, quem o inalar, o fizer em espaços fechados.
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João Goulão adianta que têm acontecido diversas reuniões com várias instituições, de modo a combater o fenómeno. Na semana passada o SICAD reuniu com o Infarmed, e à mesma mesa sentaram-se também representantes das autoridades policiais, da ASAE e da Autoridade Tributária e Aduaneira, neste caso para perceber se esta substância está a entrar ilegalmente pelas fronteiras.
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O gás nitroso é utilizado sobretudo em meio hospitalar mas também na indústria automóvel, por exemplo, e não pode ser comercializado para fins recreativos.