Exames nacionais vão deixar de ser em papel

Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) prevê várias medidas para promover a digitalização das escolas, num investimento total de 559 milhões de euros.

Os exames nacionais vão deixar de ser feitos em papel para passar ao formato digital até ao fim de 2025. A mudança está prevista no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê um investimento de 12 milhões de euros para "adotar processos desmaterializados de elaboração, distribuição, aplicação, realização e classificação das provas de avaliação interna e externa no âmbito da atividade do Instituto de Avaliação Educativa".

Segundo o documento consultado pelo Jornal de Notícias, o objetivo é "ir aumentando de forma gradual o número de provas abrangidas até 2025".

Em declarações à TSF, Filinto Lima, presidente Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, condidera a medida "exequível" dentro de quatro anos, mas considera que a prioridade deve ser o acesso a computadores, uma vez que"os atuais ainda são obsoletos em grande parte das escolas".

No total, o PRR prevê 559 milhões de euros para dotar as escolas de infraestruturas e equipamentos em prol da inovação pedagógica e desenvolvimento de competências tecnológicas, para promover a literacia digital.

A execução destas medidas vai requerer um "aprofundamento" do currículo das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no ensino básico e a "integração de áreas de competências digitais" no básico e secundário.

Até ao final de 2021, deverão ser distribuídos mais 600 mil computadores, para além dos 450 mil já entregues, em linha com a promessa de António Costa de universalizar o acesso a computadores e internet de todos os alunos e professores da escolaridade obrigatória.

Para equipar todas as escolas públicas com cobertura wi-fi estão destinados 110 milhões de euros, e para instalar fibra ótica que permita a expansão da conetividade à internet da Rede Alargada da Educação de 40 para 300 Gbps foram reservados cinco milhões de euros.

Até ao final de 2023, cada sala de aula deverá ter um projetor, num investimento estimado em 27 milhões de euros, e no mesmo prazo serão adotadas medidas para "universalizar o acesso à utilização de recursos digitais para a monitorização da aptidão aeróbica, capacidade corporal e aptidão neuromuscular na disciplina de Educação Física e no desporto escolar", com um orçamento de dois milhões de euros.

No PRR consta ainda a intenção de criar uma uma biblioteca digital para repositório de ebooks e produção de recursos educativos digitais, medida a que foram atribuídos 80 milhões de euros.

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