Fechados em casa, tristes e com medo de perder rendimentos. Assim andam muitos portugueses

Uma mensagem numa janela em Berlim
AFP
Muitos portugueses admitem que distanciamento social já os deixou em baixo, agitados, ansiosos ou tristes.
O primeiro barómetro feito pela Escola Nacional de Saúde Pública sobre aquilo que se passa no país no combate à Covid-19 revela, na primeira semana do inquérito promovido em parceria com o jornal Expresso, que cerca de 92% das pessoas que responderam "afirma estar em casa e só sai em caso de absoluta necessidade". Uma percentagem que sobe para 97,7% entre quem tem mais de 65 anos.
Em relação aos serviços de saúde, apesar das constantes queixas e receios de falta de profissionais ou de meios, 52% afirma estar "confiante" ou "muito confiante" na capacidade de resposta de Portugal, sendo os mais velhos, com mais de 65 anos, os mais confiantes (73,5%).
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Sobre o distanciamento social, exigido nesta fase de combate à pandemia, 83% afirma que já se sentiu em baixo, agitado, ansioso ou triste devido às medidas de distanciamento físico.
Mais de 26% reportam os sentimentos anteriores "diariamente ou quase todos os dias", com destaque para as mulheres e as faixas etárias mais novas, entre os 16 e os 25 anos.
Nota ainda para 40% que afirma ter receio que exista uma interrupção do fornecimento de bens de primeira necessidade devido à situação atual.
Finalmente, há ainda uma grande 'fatia' de pessoas, 60%, que diz ter receio ou mesmo muito receio de perder o seu rendimento devido à situação atual relacionada com a Covid-19, sendo o grupo etário acima dos 65 anos aquele que reporta menos preocupações deste tipo.
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