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Na sequência da fusão com a EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), aprovada em Conselho de Ministros em dezembro de 2019, a CP (Comboios de Portugal) passa a ser descentralizada e dividida em duas áreas operacionais.
Segundo avança esta terça-feira o jornal Público, está previsto que passe a haver duas direções: uma dedicada à área de operações e comercial e a outra à área de manutenção e engenharia.
A jornalista Paula Dias explica o que está em causa
A direção Manutenção e Engenharia vai dedicar-se à limpeza, manutenção e reparação e recuperação do material circundante e, mais tarde, trabalhar na construção de um comboio português.
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Já a Direção de Operações e Comercial vai contar com uma descentralização da produção por Norte, Centro, Lisboa e Sul, um rejuvenescimento dos quadros e a entrada de mais mulheres para cargos de direção.
A reestruturação da CP
Está ainda previsto que diferentes tipos de negócio da empresa desapareçam: CP Regional, CP Longo Curso, CP Lisboa e CP Porto deixam de ser entidades autónomas e passam a ser considerados apenas produtos.
José Reizinho, coordenador da Comissão de Trabalhadores da CP, diz-se "confiante" no processo de restruturação, mas lembra que a empresa ainda está à espera de investimento.
"O Governo disse no ano passado que estavam disponíveis 20 milhões desde já. Se essa verba viesse hoje ajudava bastante. Neste momento só temos a promessa, mas o dinheiro ainda cá não entrou", diz em declarações à TSF.
"Venha o dinheiro que, mesmo com os recursos que neste momento temos, temos capacidade de resposta"
Sim, fazem falta mais recursos humanos na CP - "não era demais nas oficinas termos mais 50 ou 60 trabalhadores" - mas "uma coisa é a necessidade outra coisas é a disponibilidade doa acionista, neste caso o Governo", admite.
Já o eventual regresso da CP Carga seria uma boa notícia para a Comissão de Trabalhadores, que sempre se opôs à venda à operadora ferroviária multinacional MSC Rail.
"Estaremos sempre na defesa de que a CP volte a fazer transporte de mercadorias", afirma José Reizinho.