O material recolhido foi enviado para um especialista num centro de pesquisa no Havai, que comparou com outras espécies e concluiu que estas duas são diferentes, até na genitália.
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É um mistério que continua a intrigar os entomologistas - especialistas que estudam as relações entre os insetos e os humanos - que descobriram as duas novas espécies de moscas na Carrapateira, na costa ocidental algarvia. São pequenas, com menos de dois milímetros, e não se sabe porque é que só existem ali nem como é que apareceram por lá.
Jorge Almeida, um dos entomologistas que chegou à descoberta, teme que a origem das moscas continue envolta em mistério e conta que é uma boa notícia, mas lembra que há limitações. Desde logo pelo facto de, em Portugal, a entomologia ser pouco expressiva. Este estudioso amador também se queixa da falta de recursos - tempo e dinheiro - para se poder aprofundar a biologia destas espécies.
A empidi-deicus carrapateira é preta na parte superior do tórax, em forma de triângulo, e a empidi-deicus inesae é amarelada na cabeça e no tórax. A descoberta data de 16 de abril de 2011, está numa revista científica e surgiu das observações de Jorge Almeida e Rui Andrade.
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Estes estudiosos de insetos enviaram o material recolhido para um especialista num centro de pesquisa no Havai, que comparou com outras espécies e concluiu que estas duas são diferentes, até na genitália. No entanto, nada se sabe sobre a origem destas moscas e o entomologista amador Jorge Almeida, que já esteve ligado à Universidade de Coimbra, sublinha também que as moscas têm impacto na polinização das plantas de que se alimentam, mas defende que as duas espécies não representam riscos para a agricultura.