Instituto Ricardo Jorge confirma 12 casos da variante indiana com mutação nepalesa em Portugal

João Paulo Gomes confirmou que, embora não lhe tenha sido dado esse nome, até agora a mutação de que fala o governo britânico é uma das três mutações à variante indiana que estão a circular em Portugal.

Portugal tem mesmo 12 casos da mutação à variante indiana de que falou o governo de Londres para retirar o país da lista de países seguros para viajar. Ao longo desta quinta-feira foram muitas as reticências levantadas aos argumentos britânicos, mas a mutação já está no país.

João Paulo Gomes, do Instituto Ricardo Jorge, confirmou que, embora não lhe tenha sido dado esse nome, até agora a mutação de que fala o governo britânico é uma das três mutações à variante indiana que estão a circular em Portugal.

"Aquilo de que eles estão a falar é uma sub-linhagem da variante indiana, estamos a falar da variante indiana que, tal como todas as outras variantes que têm aparecido no nosso país, tem um processo de evolução à medida que se vai transmitindo de pessoa para pessoa. É perfeitamente normal que umas semanas depois de entrar num país o número de mutações seja diferente. Esta mutação do Nepal, na realidade é uma das pequeninas variantes dentro desta variante indiana que tem uma mutação que, naturalmente, merece vigilância porque está localizada na região do vírus associada à ligação às nossas células", explicou João Paulo Gomes em declarações à SIC Notícias.

"Penso que, muito honestamente, se está a fazer uma tempestade num copo de água, que não tem explicação, não faz sentido absolutamente nenhum. Estamos a falar da variante indiana, que tem estes 12 casos, mas poderia dizer que depois temos mais 15 ou 16 com outra mutação. Naturalmente que esta é uma mutação preocupante e há que ser vigiada", acrescentou o especialista do Instituto Ricardo Jorge.

O último relatório do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) sobre as estirpes do coronavírus em circulação no país não faz referência à tal mutação nepalesa, apenas identifica a linhagem de três mutações da variante indiana que circulam em Portugal desde abril. Este relatório de 31 de maio acrescenta que esta variante representa 4,8% dos vírus que circulam em Portugal, foi detetada em nove distritos e 16 concelhos e está praticamente restrita às regiões do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo.

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