"Luta contra o tempo." Estação do metro de Arroios está oficialmente reaberta

Estação da linha verde do metro de Lisboa esteve quatro anos encerrada para obras.

Já está oficialmente reaberta a estação de Arroios, da linha verde do Metro de Lisboa. Esteve quatro anos encerrada para obras. Esta terça-feira de manhã, João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, esteve com o presidente do Metro de Lisboa a fazer uma visita guiada à estação que tem agora uma nova cara.

"É uma obra muito complexa que foi feita sempre com a operação do metro a decorrer e que praticamente não perturbou a superfície, apenas a entrada de peões e duas ou três lojas, mas nunca a circulação esteve interrompida. Foram sete milhões de euros fundamentais. A partir de agora toda esta zona e toda a Avenida Almirante Reis vai ter todas as suas estações a funcionar, todas preparadas para poder ter o comboio em pleno, com as seis carruagens do metro aqui a parar", explicou Matos Fernandes.

O cais foi ampliado para receber composições de seis carruagens e instalar três elevadores para acessos de pessoas com mobilidade reduzida. Quanto aos negócios que poderão ter fechado devido às obras no metro, Matos Fernandes garante não conhecer nenhum em concreto nessa situação e duvida que tenham sido em grande número.

"Falámos com os lojistas. Esta era a obra que tínhamos de fazer. Tivemos um azar pelo meio, o empreiteiro faliu, são coisas que acontecem. Agora a obra está pronta e, por isso, o arranjo de superfície foi muito simples, apenas repor. Toda esta estação é hoje nova, com um belíssimo painel", afirmou o ministro do Ambiente.

Margarida Martins, a presidente da Junta de Freguesia de Arroios, contou à TSF que não foi convidada para a cerimónia, mas não vai faltar.

"Não fui convidada, mas venho dar uma volta com a minha equipa. Vamos entrar e pagar bilhete, como outro cidadão qualquer, para ver as obras", revelou Margarida Martins.

A presidente da junta de freguesia explicou também o significado da abertura do metro de Arroios para a zona.

"É uma situação bastante importante, uma mais-valia para a freguesia. Foram quatro anos de um bocadinho de desespero e temos de explicar às pessoas que uma obra pública, quando a empresa cai, demora quase mais um ano a retomar o concurso e não é como queremos, com uma empresa privada. Realmente foi uma luta contra o tempo e para nós é muito importante que a Praça do Chile fique outra vez aberta à população e se possa visitar", considera a presidente da Junta de Freguesia de Arroios.

A estação de metro reabre a cerca de duas semanas das eleições autárquicas, mas Margarida Martins rejeita a ideia de que a conclusão seja uma vantagem para a campanha.

"O trunfo como candidata a presidente da junta são todas as obras que fizemos a favor da mobilidade, nas escadinhas, jardins e todo o apoio que demos à população durante o confinamento. Demos muitas rendas de casa, água, luz, alimentação e apoio às crianças. De resto, não há trunfos. As pessoas não votam em nós porque acabou uma obra", assegura Margarida Martins.

Por causa destas obras, a zona da Praça do Chile perdeu movimento e muitas lojas acabaram por fechar. José Cardoso tem uma casa de bifanas ali perto. Manteve as portas abertas, mas também foi afetado.

"Embora seja bastante conhecido aqui na zona e a casa muito antiga, as obras afetaram. As pessoas queriam estacionar aqui o carro para comer uma bifana e não conseguiam porque isto estava cheio de redes por todo o lado e o trânsito era complicado. Não quer dizer que agora não continue a ser complicado porque temos aqui uma via de ciclistas que não foi bem pensada", acrescentou José Cardoso à TSF.

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