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O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, confirmou este sábado que o Infarmed limitou a exportação de medicamentos, entre os quais o ibuprofeno e o paracetamol, mas garante que não há falta de fármacos nos hospitais e nas farmácias em Portugal.
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"O mais relevante é dar uma mensagem de tranquilidade. O Infarmed está, como é sua obrigação, a acompanhar toda a situação no mercado e os portugueses podem estar tranquilos. Não há nenhuma falta de medicamentos essenciais nos hospitais ou nas farmácias portuguesas", disse o governante em Guimarães, onde está a participar num encontro de dadores de sangue.
Ainda assim, o ministro da Saúde deixa um alerta: "Naturalmente que temos de ter maiores cuidados nestes períodos em que havendo uma maior situação de infeções respiratórias e há mais necessidades de certo tipo de medicamentos. Temos de tomar as medidas adequadas para garantir que, em primeiro lugar, estão protegidos os portugueses. A limitação das exportações quer dizer apenas isso. Nós não podemos correr o risco que, permitindo certas exportações, termos carência em Portugal. Não há nenhum motivo de alarme, nem de especial preocupação neste momento no nosso país."
Na manhã deste sábado, o Jornal de Notícias noticiava que os stocks de paracetamol e ibuprofeno para crianças e também de alguns antibióticos pediátricos estão bastante pressionados.
Pelo seu lado, Manuel Pizarro diz que mesmo que os casos de infeções respiratórios aumentem não haverá rutura de stocks e garante haver negociações em curso com algumas farmacêuticas para assegurar que isso não acontece.
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"Trata-se de garantir que os portugueses continuam a ter acesso a todos os medicamentos que são necessários. E continuam a ter acesso com um preço controlado. Verifico que, num contexto de inflação como esta que vivemos, se a área em que as pessoas não pagam mais do que pagavam antes, é mesmo a área do medicamento. Isso tem a ver com a proteção que o Governo tem conseguido fazer neste domínio", realça o ministro.
Mas reconhece: "Alguns medicamentos têm um preço tão baixo que é difícil que a indústria se mantenha interessada no seu fornecimento. Estamos a tratar de estabelecer, do ponto de vista técnico, uma lista de medicamentos de especial criticidade, porque são indispensáveis, e no caso desses medicamentos admitimos tomar medidas específicas para garantir que eles não falham."
Com esta medida, as farmacêuticas não podem exportar medicamentos sem autorização do Infarmed.