Os concelhos de Lisboa e Porto são os que contam mais casos de infeção.
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No dia em que Portugal quebrou a barreira dos 30 mortos - com uma correção dos números em direto - e chegou aos 2362 casos, é possível perceber que a doença continua a ser mais letal para homens do que para mulheres e que é no Norte onde ficam os concelhos mais afetados.
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Concelhos a Norte mais afetados
Lisboa e Porto são, desde logo, os dois concelhos mais afetados no país, com 175 e 126 casos de infeção respetivamente.
O top 10 dos concelhos fica completo se lhe juntarmos os concelhos da Maia (104), Vila Nova de Gaia (68), Valongo (65), Gondomar (56), Ovar (55), Matosinhos (54), Cascais (39) e Sintra (39).
Entre os dez concelhos mais afetados há seis que pertencem ao distrito do Porto, três que pertencem ao de Lisboa e um ao de Aveiro.
Estes dados demográficos, alerta a Direção-Geral da Saúde (DGS), só correspondem a 54% dos casos reportados.
90 casos entre jovens
Dos 2362 casos, 90 incidem em crianças ou jovens com entre 0 e 19 anos, sendo as raparigas (53) as mais infetadas.
Dividindo os casos entre os indivíduos de sexo masculino e feminino, é possível perceber que é entre as jovens e mulheres que se contam mais casos de infeção (1234), contra os 1128 casos de infeção em jovens ou adultos do sexo masculino.
A faixa etária mais infetada é, no entanto, exatamente igual para ambos os géneros: são 224 homens e 224 mulheres com idades entre os 40 e os 49 anos.
O lapso do secretário de Estado da Saúde
Esta terça-feira, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou em conferência de imprensa que o número de mortes em Portugal era de 29, mas depressa foi desmentido pelo relatório divulgado pela DGS.
Do documento constavam 30 mortes, o que levou o governante a corrigir os números em plena conferência de imprensa.
"Tentei ter acesso ao documento" antes da conferência de imprensa mas não foi possível, explicou.
E o lapso pós-lapso
Depois da correção a que o secretário de Estado foi obrigado, também a DGS foi obrigada a retratar-se.
Numa correção do boletim, a autoridade de Saúde informa que o número de mortos é afinal de 33 - e não 30 - e acrescenta ainda que a morte registada nos Açores não constituía um caso de coronavírus.
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Mais fatal para os homens
Desfeitas as dúvidas sobre o número de vítimas mortais, é possível através do boletim epidemiológico perceber que a doença é especialmente fatal para os homens.
De entre os 33 mortos, 23 são homens, sendo que 12 deles - ou seja, mais de metade dos homens mortos - tinham entre 80 ou mais anos.
A faixa etária mais afetada é a anterior, com cinco das vítimas mortais do sexo masculino a terem entre 70 e 79 anos.
Entre os seis que completam as contas da fatalidade, dois homens tinham entre 50 e 59 anos e quatro tinham entre 60 e 69 anos.
Nas mulheres, de entre as dez vítimas mortais do sexo feminino, nove tinham 80 ou mais anos e uma tinha entre 50 e 59 anos.
Mais mortes no Norte
Das 33 mortes registadas até ao momento, 14 situam-se na região Norte do país, seguida logo pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que conta com 12 mortos.
A região Centro do país conta seis mortes, com o Algarve a ter um único registo de morte até ao momento.
*notícia atualizada às 17h16 após divulgação de boletim corrigido pela DGS