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A Ordem dos Médicos Veterinários teme que a segunda taxa que o PS quer criar para os cães acabe por aumentar ainda mais os casos de abandono, acusando as juntas de freguesia, que iriam receber este valor, de se quererem financiar à custa dos donos dos animais.
Esta segunda taxa, que na prática faz regressar uma taxa que já existiu até outubro de 2019 quando foi criado o novo Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC), é proposta pelos deputados socialistas e será cobrada pelas juntas de freguesia que já o faziam no passado.
Primeiro seria para cães e gatos, mas entretanto o PS recuou e será só para cães.
O bastonário da Ordem, Jorge Cid, fala à TSF numa "trapalhada" e pergunta qual é a razão para que alguém que tem um cão tenha de pagar 5 a 15 euros a uma junta de freguesia, anualmente, quando qualquer outro animal não paga nada".
"O PS tenta reintroduzir uma taxa que tinha sido eliminada", diz o bastonário que defende que "não pode existir pressão das juntas de freguesia porque não querem abdicar de uma verba a que estavam habituadas, tendo de arranjar outra forma de o fazer e não à conta dos donos dos cães".
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"A proposta de diploma apresentada na Assembleia da República diz que as juntas vão depois implementar planos de promoção do bem estar animal, algo que nunca fizeram na vida...", sublinha Jorge Cid.
O regresso da taxa para os cães a pagar nas juntas de freguesia será votado esta quarta-feira no Parlamento, no meio de muitas outras medidas relacionadas com o Orçamento do Estado.