Pico em Portugal "nunca será atingido antes de maio". E será um "planalto de vários dias"
A diretora-geral da saúde explica que o aumento de número de casos não está a acelerar como previsto inicialmente, uma projeção que colocava Portugal a atingir o pico da infeção pelo novo coronavírus entre 9 e 14 de abril.
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Graça Freitas admitiu esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que Portugal pode ter retardado o pico da pandemia de Covid-19 em território nacional.
A diretora-geral da saúde explica que o aumento de número de casos não está a acelerar como previsto inicialmente, uma projeção que colocava Portugal a atingir o pico da infeção pelo novo coronavírus entre 9 e 14 de abril. "Nunca será atingido antes do mês de maio", diz agora a responsável da autoridade sanitária, apesar de salientar que se trata de uma previsão, que sempre pressupõe um grau de incerteza.
A atingir o pico em maio, este não será um "momento instantâneo", aponta a diretora-geral da saúde, mas um "planalto" de vários dias.
Até ao momento, a taxa de letalidade da Covid-19 em Portugal situa-se nos 1,8%, o que, de acordo com Graça Freitas, contrasta com outros países, onde a percentagem ultrapassa os 2 e, por vezes, os 3%. Desta taxa, mais de 80% dos óbitos registam-se no grupo etário de 70 ou mais anos.
A contagem do número de casos de infeção pelo novo coronavírus passou a ser feita de outra forma às 00h00 desta sexta-feira. Até aqui a contagem era feita com recurso aos dados fornecidos pela ARS.
No entanto, a partir desta sexta-feira, para um afinamento mais adequado dos dados, esses números estão agora a ser recolhidos diretamente junto dos hospitais.