Porto vai ter unidades móveis de atendimento da PSP

Ministro da Administração Interna explica que o objetivo é libertar mais agentes para o patrulhamento das ruas.

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou esta segunda-feira a criação de "unidades móveis de atendimento" da Polícia de Segurança Pública (PSP) nas zonas com maior número de turistas na cidade do Porto, de forma a libertar agentes "para poderem estar no patrulhamento".

"Iremos encetar essa experiência no próximo dia 30 de julho, sábado, pelas 12h00. Queremos que essas unidades móveis se deslocalizem para os locais com maior afluxo de turismo no verão", explicou o governante, depois de uma reunião com a comandante do Comando Metropolitano do Porto, Paula Peneda.

José Luís Carneiro admite que esta vai ser, para já, "uma experiência" e detalhou que vai ser dado "seguimento a uma ideia" do presidente da câmara do Porto, Rui Moreira, que se mostrou disponível para "utilizar a Loja do Cidadão" e outros espaços municipais para criar unidades de atendimento aos turistas.

"Há matérias que são de cariz administrativo e não de natureza criminal e, ao extrairmos esse esforço das esquadras, libertamos recursos humanos para poderem estar no patrulhamento e para termos mais polícias na rua", assinalou José Luís Carneiro em declarações aos jornalistas.

"O que dá segurança às pessoas não é a esquadra", destacou também o ministro, "é ter patrulhas e policiamento na rua". Relativamente à polémica relacionada com a esquadra no Infante, no centro histórico da cidade, cujo atendimento ao público encerrou parcialmente, José Luís Carneiro disse que aquele estabelecimento tinha "uma média, por dia, de sete atendimentos" realizados por doze polícias.

Dizendo que a comandante do Comando Metropolitano do Porto, Paula Peneda, "tomou a decisão de manter o patrulhamento", José Luís Carneiro classificou-a como "uma boa decisão, dado que, como se vê, os números assim o justificam e assim o fundamentam".

"É uma prática já com alguns anos, não é nada de novo. Foi novo na esquadra do Infante, mas nas outras esquadras não é nada de novo, pelo menos há mais de cinco anos que essa experiência se desenvolve", completou, comparando o funcionamento às das escalas das farmácias.

No domingo, em declarações à Lusa, o presidente da Câmara do Porto reagiu ao edital publicado naquela esquadra da baixa do Porto, no qual se lê que "por imperativos de ordem operacional o serviço de atendimento ao público está suspenso até às 16:00".

"Fui completamente surpreendido. Aliás, hoje falei com o comandante [da Polícia Municipal do Porto] Leitão da Silva e tive o cuidado de lhe perguntar se ele sabia de alguma coisa e ele [respondeu que] não sabia de nada. É uma situação que me preocupa muito", disse no domingo o autarca.

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