As autoridades de Saúde do Algarve admitem a adoção de restrições nas praias da região e defendem que a coordenação regional se mantenha no país.
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É um desafio lançado ao Governo pelo presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL). António Pina, que considera importante que a coordenação realizada em cada região, após a nomeação dos Secretários de Estado, se mantenha após o levantamento do Estado de Emergência.
"É que vai haver políticas no país distintas de região para região e só é possível determiná-las se houver uma coordenação regional ", argumenta. Não obstante, no Algarve as autoridades de saúde consideram que a curva epidemiológica já atingiu o planalto.
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No entanto, o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) teme que, com o levantamento das restrições impostas, comecem a existir mais infetados.
"Se abrirmos as fronteiras e o aeroporto e se não houver medidas que reduzam a possibilidade de haver transmissão [do vírus] , ela vai ocorrer." Para sublinhar a sua convicção, Paulo Morgado dá o exemplo da China, onde começaram a existir novos casos de infeção importados.
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E nas praias, como vai ser? A delegada regional de Saúde admite que este seja um verão atípico. "Apesar de termos a praia à porta e de ser tão apetecível, é bom que as pessoas criem a expectativa de que quase de certeza vão existir restrições", adverte Ana Cristina Guerreiro.
Com o mês de maio a aproximar-se, e conhecendo os hábitos regionais, o presidente da AMAL faz um apelo:" Se queremos que no dia 2 de maio possamos comer as caracoladas típicas do Algarve, é preciso que fiquemos estes 15 dias em casa".