- Comentar
Travar a epidemia do novo coronavírus vai depender da capacidade do mundo para conter a propagação e quebrar as cadeias de contaminação. A opinião é expressa na TSF pelo virologista Celso Cunha, professor e investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em Lisboa. O especialista diz que a vacina não surgirá no prazo de 18 meses, porque são necessários testes diversos, em animais e em humanos.
Celso Cunha diz que não chegará, a tempo, na atual epidemia, mas será muito importante para evitar as próximas. Agora, é preciso usar outras armas.

Leia também:
Fase mais grave da Covid-19. ″É uma questão de dias ou horas″ até à mitigação
O investigador adianta que a forma mais eficaz de travar os contágios, e evitar o agravamento da doença, é ficar em casa, descansar e fazer baixa a temperatura do corpo, ou seja, o mesmo que usamos numa gripe.
Além disso, há medicamentos do grupo dos retrovirais, usados noutras infeções que estão a ser experimentados em alguns doentes. Celso Cunha contou na TSF, a história de oito mil anos dos coronavírus, que quase sempre estiveram presentes nos animais, mas que, há pouco mais de meio século, surgiram nos humanos.
O coronavírus é um vírus maior que os outros, e com uma capacidade rara de autocorreção de anomalias no próprio funcionamento. A maior diferença em relação à gripe é a capacidade de geral uma pneumonia viral, que pode depois juntar-se a uma pneumonia causada por uma infeção bacteriana.

Leia também:
DGS reconhece mais casos de infeção. Viagens Europa-EUA suspensas
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O novo coronavírus não revela, para já, ser tão letal como a gripe espanhola do início do século XX, ou mesmo da pneumonia aguda, do médio oriente, já deste século, mas tem uma capacidade de transmissão entre humanos muito mais rápida.
Pode escutar a entrevista de Nuno Domingues a Celso Cunha, na íntegra, aqui