Há marcas de luxo a contactar empresas nacionais. Querem saber que máscaras de uso social vão ser fabricadas em Portugal de acordo com normas técnicas aprovadas pelas autoridades de saúde.
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As máscaras made in Portugal devem começar a chegar ao mercado na próxima semana. As especificações técnicas foram acordadas com a indústria e estão publicadas no site do Infarmed , o Instituto da Farmácia e do Medicamento.
Está definido o tipo de tecido a utilizar: "Pode ser algodão, poliéster, outros ou misturas", especificou Rui Santos Ivo, na conferência de imprensa da Direção Geral da Saúde.
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As normas são para já para a indústria têxtil, mas o presidente do Infarmed reconhece que, a seguir, essas regras devem ser tornadas acessíveis ao público em geral. "Para já, recomendo que se usem estas de fabrico nacional, há a questão da eficácia, mas também é uma forma de apoio ao setor."
As máquinas já estão a aquecer e a oportunidade vem em boa altura. "É uma dupla vantagem, para a nossa indústria e para ajudarmos o país a a combater a pandemia", entusiasma-se Braz Costa.
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O diretor-geral do Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e Vestuário (CITEVE) afirma que estas máscaras não-cirúrgicas destinam-se ao comum cidadão e a alguns profissionais em contacto com mais gente. O exemplo mais frequente é o da empregada da caixa de um supermercado.
Algumas destas máscaras serão reutilizáveis e podem ser lavadas sem cuidados especiais para além do uso de detergente e água a 60ºC. Calcula-se que cheguem ao mercado nos próximos dias e a um custo variável que pode começar "nos poucos euros", estima Braz Costa.
O preço pode variar precisamente em função da estética. Há já interesse até das marcas de luxo em incluir as máscaras nas próximas coleções.
Braz Costa relata que "estamos a ser contactados por marcas conhecidas que querem saber exatamente qual a nossa capacidade de produção, querem incluir usar as máscaras como acessórios de moda mas também querem que sejam seguras".
Tal como outras áreas da sociedade, a indústria da moda pode estar adormecida, mas não está morta.