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Um homem em greve de fome pede justiça para quinta de amoras.
"O meu país sabe a amoras bravas/ no Verão".
Chama-se Luís Dias, veio de Idanha-a-Nova, postou-se em Belém, diante do palácio. Só terminará a greve de fome, assegura, quando houver solução para reabilitar a sua quinta de amoras, destruída por temporais.
"Ninguém ignora que não é grande,/ nem inteligente, nem elegante, o meu país,/ mas tem esta voz doce/ de quem acorda cedo para cantar nas silvas".
O homem garante que o Ministério Público tem provas suficientes para agir contra a Direcção Regional de Agricultura do Centro. E acusa a Justiça de arrastar o caso há quatro anos e meio: "Perdem meses em pormenores, enquanto nós temos a vida destruída".
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"Raramente falei do meu país, talvez /nem goste dele, mas quando um amigo/ me traz amoras bravas/ os seus muros parecem-me brancos,/ reparo que também no meu país o céu é azul".
A quinta de Luís Dias chegou a empregar oito pessoas
Ouça a crónica "Outros Sinais", na íntegra