O cabeça-de-lista do PS por Lisboa recusou hoje um sentimento de euforia pela «evolução positiva das sondagens», acusando os principais adversários de «desorientação».
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Na apresentação da lista socialista ao distrito de Lisboa, no Museu do Fado, o antigo líder socialista defendeu que nas eleições legislativas os eleitores devem responder com «um sinal vermelho aos tiros no escuro e aos saltos no desconhecimento».
Ferro Rodrigues referiu ainda que «a evolução positiva das sondagens não nos põe eufóricos, mas não compreendemos que a desorientação dos nossos principais adversários os conduza ao radicalismo de direita nos programas e às agressões verbais nos discursos», afirmou.
Os socialistas vão «para o terreno com serenidade», vincando as diferenças em relação aos adversários.
De um lado estamos nós, apostando, como os três Presidente da República que falaram no 25 de Abril, no diálogo e na concertação política para vencermos a crise. Do outro lado, «estão as agressões verbais, os ataques de carácter e as exclusões pré anunciadas, totalmente irresponsáveis», afirmou.
«Do nosso lado está o respeito pelas opções de liderança dos outros partidos, do lado de lá estão vergonhosos ataques a José Sócrates e ao PS, que assumem, aliás, natureza anti-democrática», acrescentou.
O cabeça de lista por Lisboa insistiu no ataque ao programa eleitoral social-democrata, argumentando que desde que os social-democratas o aprovaram, «ficou claro» que, mesmo com o acordo com a 'troika', o que querem PS e PSD «é muito diferente».
«Nós continuamos a querer a inserção social dos mais pobres, como direito destes e responsabilidade do Estado, enquanto os nossos adversários querem destruir a solidariedade pública, liquidar a dignidade dos que mais sofrem e que seriam entregues ao arbítrio caritativo com o dinheiro dos contribuintes», defendeu.