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É uma ilha situada no Parque Natural da Ria Formosa, com cerca de 750 habitantes, a maior parte pescadores. Este local, a Ilha da Culatra, vai tornar-se energeticamente sustentável. Foi uma das seis ilhas selecionadas a nível europeu para servirem de projeto-piloto, ao lado, por exemplo, de La Palma, em Espanha, ou Sifnos, na Grécia.
A ideia é que, no futuro, a Culatra possa produzir a energia que consome. Para que isso aconteça, os estudos já estão a ser feitos no terreno. "Já implementámos um dispositivo no canal Faro-Olhão para avaliar a energia marinha", refere André Pacheco, oceanógrafo e investigador da Universidade do Algarve.
Mas os cálculos das outras fontes de energia estão também a ser feitos, calculando a exposição solar e os regimes de ventos. O tratamento de resíduos e a dessalinização da água do mar para futuro consumo humano são outros dos objetivos do projeto, sempre a partir das energias renováveis.
A repórter Maria Augusta Casaca conta os detalhes do projeto para energia sustentável na Ilha da Culatra
Cláudia Sequeira, engenheira mecânica, explica que os equipamentos a colocar no local estão a ser pensados."Vamos ter equipamentos solares, eólicos, pode ser também equipamentos de marés, mas ainda estamos a estudar os melhores para instalar."
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Para que tudo esteja implementado em 2030 - a meta apontada -, este grupo de trabalho está a criar parcerias com várias empresas e investigadores na área da energia. Sendo uma ilha situada em pleno Parque Natural da Ria Formosa, os investigadores pretendem colocar equipamentos que tenham o menor impacto visual possível na paisagem.
Segundo os cientistas, esta agenda de transição energética só será possível implementar com a ajuda da população. No entanto, os habitantes da Ilha da Culatra não poderiam estar mais recetivos à mudança. "Há uma grande consciência dos habitantes da Ilha da Culatra na preservação do ambiente porque sabem que dependem dele", refere André Pacheco