É a seca mais longa que o país já viveu; pior mesmo do que a de 2005. Em entrevista ao jornal i, o secretário de Estado do Ambiente defende medidas concretas para combater a falta de água em Portugal.
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O racionamento de água durante a noite pode ser uma das medidas que o Governo vai adotar para fazer frente à seca. Questionado pelo jornal i, o secretário de Estado do Ambiente admite que "em algumas situações concretas isso [racionamento de água] possa acontecer em períodos noturnos".
Carlos Martins defende que a melhor maneira de combater a seca é o "autocontrolo das pessoas" e aponta medidas concretas: banhos mais rápidos e mais espaçados no tempo, não deixar a torneira aberta enquanto lava a loiça ou os dentes, fazer um uso mais disciplinado dos sanitários e regar os jardins com água já usada.
Nesta entrevista, o secretário de Estado do Ambiente garante que quem poupar água em Lisboa está a ajudar quem não tem noutros pontos do país.
Carlos Martins realça que algumas autarquias, mais pró-ativas, adotaram já medidas de combate à seca: Penalva do Castelo recorreu a antigas fontes e minas para lidar com o problema e em Viseu uma captação que já não era usada vai ser restabelecida.
O responsável admite que esta é a seca mais longa que o país já viveu, pior mesmo do que a de 2005 e e explica que a situação seria pior sem as barragens de Alqueva, de Odelouca e outras em Trás-os-Montes.
Já sobre a fatura da água e da luz, Carlos Martins garante que não aumenta este ano. Para 2018 não pode prometer, mas acredita que as empresas não subam os preços.
Esta terça-feira de manhã, começa em Évora, o Encontro Nacional das Entidades Gestoras de Água e Saneamento (ENEG). O encontro junta o ministro do Ambiente e o presidente do Conselho Mundial da Água do ENEG.