O ministro da Defesa prometeu aos deputados entregar um dossier com medidas tomadas depois do roubo de Tancos. O prazo terminou há uma semana mas o documento ainda não chegou ao parlamento.
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As medidas estruturais em resposta ao roubo de material de guerra dos paióis de Tancos deviam ter chegado às mãos dos deputados a 28 de fevereiro, mas o jornal Público avança que o dossier documental está ainda em preparação, de acordo com fontes do Ministério da Defesa.
O executivo não revelou, no entanto, quando pretende entregar a documentação em falta.
O dossier inclui documentos que podem ser tornados públicos mas também material sensível e confidencial.
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Em entrevista ao Diário de Notícias, no início de fevereiro, Azeredo Lopes garantiu não querer interferir na investigação criminal quanto à autoria, cumplicidade e comparticipação do caso, afirmando não ter nada mais a revelar sobre o assunto.
Declarações que não terão sido bem recebidas pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que, durante um discurso (e na presença de Azeredo Lopes), pediu aos responsáveis pela investigação para não desistirem e irem mais longe na análise.
O Presidente da República reconheceu que a investigação interna permitiu identificar erros e definir mudanças, mas deixou claro que a mesma não possibilitou detetar quem atuou e como agiu.
O roubo em Tancos foi conhecido em junho do ano passado. Em outubro, a maior parte do material foi encontrado pela Polícia Judiciária Militar, na Chamusca.