Em apenas dois meses, o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho identificou 30 casos. 22 pessoas estão internadas, sendo que destas 13 continuam no hospital, mas agora outros motivos. Oito doentes morreram, sendo que a causa do óbito pode não estar diretamente relacionada com a bactéria, apesar da exposição à mesma.
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O primeiro caso foi notificado no início de agosto. De acordo com o Jornal de Notícias (JN), a fonte do contágio também já está identificada.
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho acredita que terá sido um doente que foi operado e teve várias complicações pós-operatórias, entre as quais uma ferida aberta que potenciou as vias de transmissão.
Em causa está uma bactéria altamente resistente a antibióticos, a Klebsiella pneumoniae portadora de KPC, que se apanha sobretudo em ambientes hospitalares.
O JN conta que em apenas dois meses 30 pessoas foram infectadas, oito das quais morreram, sendo que estas apresentavam um quadro clínico complexo e grave, por isso o óbito não pode ser atribuído directamente à infecção.
Neste momento, outras 22 pessoas continuam internadas. Não apresentam sintomas, não estão nos cuidados intensivos, mas por precaução estão numa unidade de isolamento.
As autoridades de saúde continuam a investigar a bactéria, através da realização de análises mais específicas a estes pacientes.
Em paralelo foram adoptadas medidas preventivas: os casos suspeitos são isolados de imediato, foi acionado um plano de Prevenção e Controlo, a capacidade do laboratório de Microbiologia foi reforçada, assim como a a restrição do uso de dispositivos médicos invasivos. A nível interno, o Hospital de Gaia redobrou informação sobre as medidas de prevenção.