O rio encheu-se de espuma na zona de Toledo, perto de Madrid, no sábado. Alejandro Cano, da Plataforma de Toledo em Defesa do Tejo, fala de um cenário impressionante.
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"São blocos de espuma muito grandes. Todo o rio estava coberto de espuma branca, com quase um metro de altura. A água do rio praticamente não se via", disse o ambientalista à TSF.
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Esta segunda-feira a espuma desapareceu, mas a situação é frequente. "Todos os dias corre a espuma rio abaixo. Em Toledo há uma barragem que faz com que as águas se agitem e isso faz com que se produzam espumas", explica, "mas só acontece porque o rio está sujo. Se não estivesse, não apareciam espumas".
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As autoridades estão a investigar qual a origem desta espuma, mas acreditam que seja resultado de descargas poluentes no rio. Alejandro Cano lembra que as primeiras espumas brancas no Tejo aconteceram nos anos 70, lamentando que quase 45 anos depois, o problema não esteja resolvido.
O ambientalista diz que será muito difícil Portugal ser afetado pelos efeitos da espuma, já que "estamos suficientemente longe e sobretudo porque no caminho entre Toledo e Portugal há muitos reservatórios onde a contaminação e outros componente da água ficam depositados".
"É claro que a água que chega a Portugal tem muito mais qualidade do que a que temos aqui. O que não quer dizer que seja de boa qualidade", defende o ambientalista.
Em Toledo, a situação é complicada. "Não podemos tomar banho, não podemos pescar, não podemos fazer outro uso do rio que não seja vê-lo correr", diz Alejandro Cano em entrevista à TSF.