Governo tem de divulgar cirurgias graves adiadas. É o apelo dos administradores hospitalares
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares apela ao Ministério da Saúde para assumir a liderança e ajudar a resolver problema das cirurgias adiadas devido à greve dos enfermeiros.
Corpo do artigo
O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares pede à ministra da Saúde que revele o número de doentes graves com cirurgias adiadas devido à greve dos enfermeiros. Alexandre Lourenço considera que estes doentes só podem ser operados no serviço público e, como tal, de pouco serve a ajuda oferecida pela União das Misericórdias Portuguesas.
Em declarações à TSF, Alexandre Lourenço afirmou que são os doentes graves que merecem "a maior preocupação" nesta altura e apelou à "liderança do Ministério da Saúde, para apoiar os hospitais a resolver estas situações de elevada complexidade".
O presidente dos administradores hospitalares pede ao Ministério da Saúde que revele os dados relativos ao número de cirurgias graves que estão a ser canceladas e que demonstre empenho em resolver estes casos, seja através da negociação com os sindicatos e piquetes de greve, ou através da mobilização de outras equipas médicas para os hospitais.
TSF\audio\2018\12\noticias\11\alexandre_lourenco_casos_mais_graves
Quanto aos casos menos graves, Alexandre Lourenço não contesta que possam ser encaminhados quer para as misericórdias quer para outros hospitais privados, mas lembra que essa opção terá sempre custos para o Estado - embora as questões financeiras não sejam o mais importante neste momento, mas sim "assegurar que os doentes têm as cirurgias em tempo devido".
TSF\audio\2018\12\noticias\11\alexandre_lourenco_casos_menos_grave