Agência Espacial Portuguesa: "Temos objetivos ambiciosos, mas claros"
O novo organismo vai ficar operacional até ao final do mês, na ilha de Santa Maria, nos Açores, e tem como principal objetivo a exploração de novos negócios em torno das tecnologias espaciais. Na próxima década, o Governo estima que o retorno financeiro do setor seja dez vezes superior, alcançando os 400 milhões de euros.
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A Agência Espacial Portuguesa (AEP) nasce para criar valor económico, baseado nas novas tecnologias espaciais, sem querer competir com países de grande escala. O ministro da Ciência, Manuel Heitor, diz que Portugal pode ganhar pontos com uma estratégia alternativa, como a obtenção de dados através da observação da Terra, dados que são muito úteis para várias áreas, como a Agricultura ou a Segurança.
Entrevistado pela TSF, Manuel Heitor apresenta a AEP como um "promotor de novos negócios para que o espaço seja uma forma de criar mais emprego e valor económico baseado nas novas tendências das tecnologias espaciais".
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Em coordenação com a Agência Espacial Europeia, a nova agência portuguesa reúne todos os organismos - Fundação para a Ciência e Tecnologia, a Agência Nacional de Inovação, entidade da área da Defesa Nacional e a uma outra a indicar pela Região Autónoma dos Açores - que atuam, coordenam e promovem as atividades na área do espaço em Portugal.
Uma união de esforços, com um horizonte ambicioso, mas ao alcance do país, como realça Manuel Heitor. "O objetivo é multiplicar por 10, em 2030, o volume de negócios deste setor em Portugal, que é atualmente de 40 milhões de euros, e chegar pelo menos aos 400 milhões de euros dentro de uma década."
O ministro da Ciência assinou, esta segunda-feira, em Ponta Delgada, a escritura da Agência Espacial Portuguesa, que vai ficar sediada na ilha de Santa Maria, nos Açores. Um projeto que conta com um investimento de oito milhões de euros, para os primeiros três anos.