Mais de um mês depois do arranque do ano letivo, há ainda escolas que fecham as portas ou limitam a atividade, devido à falta de funcionários não docentes.
Corpo do artigo
As falhas, detetadas e noticiadas antes do arranque do ano letivo, foram corrigidas em muitas situações, mas esta manhã, por exemplo, os trabalhadores da Escola Pedro Nunes, em Lisboa, estiveram concentrados e vão depois deslocar-se ao Ministério da Educação.
O Diário de Notícias conta na edição desta terça-feira de vários exemplos de escolas, como a Básica António Nobre, em Benfica, que ficou de portas fechadas 11 dias, e outras que tem salas por limpar. Nalguns casos, o mesmo funcionário num agrupamento tem de fazer tarefas diversas em várias escolas.
A situação agravou-se com a reposição do horário das 35 horas semanas, que não foi acompanhada da necessária contratação de funcionários suficientes. Os sindicatos, citados pelo DN, admitem que faltam em todas as escolas do país, entre mil a três mil funcionários, para cumprir os rácios de um auxiliar por cada 300 alunos.
Ouvido à Instantes na TSF, Filinto Lima, da presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, confirma que os alertas para falta de pessoal são diários. Filinto Lima diz ainda que este é um problema de cuja resolução depende a intervenção do Ministério das Finanças.
O Ministério da Educação, em resposta à TSF, diz que já garantiu que vão ser supridas as necessidades mais prementes com um primeiro reforço de assistentes operacionais, de acordo com o levantamento de prioridades identificadas pelos serviços. Trata-se da contratação de 300 auxiliares.
O Ministério da Educação acrescenta que já foi desencadeado o processo necessário para a contratação destes assistentes operacionais, que segue agora os respetivos procedimentos de concurso.