De acordo com a proposta de lei que vai a debate no Parlamento esta quinta-feira, será proibido em vários espaços públicos, como escolas e hospitais.
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A TSF foi ouvir opiniões sobre a proposta de lei que poderá mudar as regras para fumadores. À porta da escola Secundária João de Deus e do Centro de Saúde de Faro, as opiniões dividem-se.
Há quem aplauda a medida e quem fale em privação das liberdades individuais dos fumadores. Luísa é professora na Escola Secundária João De Deus. Cada vez que quer fumar um cigarro sai para fora dos portões e afasta-se alguns metros
Apesar de ser fumadora, vê a medida do Governo com bons olhos. "Como fumadora que sou terei que cumprir a lei, portanto deslocar-me-ei de acordo com a distância" que for decidida. "Penaliza-me mais ser fumadora, que é uma coisa que eu tenho que deixar de ser", diz a sorrir. Ricardo, aluno da mesma escola Secundária, não é da mesma opinião. "Acho que deviam deixar a lei como está. O que eu faço fora da escola ninguém tem nada a ver com isso", salienta.
No entanto, alguns alunos fumadores disseram que se a lei for por diante não se importam de se afastarem alguns metros para "matarem o vício". Ricardo e Filipe, alunos não fumadores, consideram a proposta positiva. "Isto é uma escola, um sítio de estudo, não se devia fumar nem aqui, nem perto". Na opinião dos estudantes, os professores deviam ser os primeiros a dar o exemplo.
À porta do centro de saúde de Faro, onde estão colocadas duas mesas para quem pretende fumar um cigarro, uma utente, fumadora, considera que com esta proposta o Governo está a privar a sua liberdade. "É lógico que não vamos fumar ao pé da escola, do infantário ou do centro de saúde. Mas já fumamos ao ar livre", salienta. Na sua opinião, tem que existir espaços para que quem fuma possa puxar de um cigarro à vontade sem ser discriminado.