Os alunos denunciam a falta de condições, uma situação que se prolonga há vários anos. Esta segunda-feira estão em greve.
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É um par improvável que teima em marcar presença nas aulas da Escola Superior de Dança. Para além de alunos e professores, também os ratos e as baratas são presença assídua no edifício situado no Bairro Alto, o Palácio Pombal. Um sinal da degradação da infraestrutura, onde chove de tal forma que, por vezes, os docentes são obrigados a recorrer a baldes para retirar a água.
A denúncia é da presidente da Associação de Estudantes. Beatriz Dias revela à agência Lusa que nas paredes há sinais de humidade e fungos, na sala de convívio está uma zona delimitada por fitas no preciso local onde caiu um pedaço de teto.
Para completar este retrato, a estudante conta que foram construídos estúdios na garagem do imóvel que servem de salas de aula, e que nas casas de banho, em vez de portas para garantir a privacidade de quem usa as sanitas, existem cortinas.
As condições são de tal forma más que os últimos espetáculos tiveram de ser cancelados por motivos de segurança.
É certo que a direção da escola tem feito algumas intervenções mas, sublinha a presidente da Associação de Estudantes, são apenas remendos e conclui que os alunos já não conseguem trabalhar.
Ouvida pela TSF, a subdiretora da Escola Superior de Dança, Ana Silva Marques, disse esperar que a venda do atual edifício permita, em breve, a construção de um novo.
"Temos a expectativa de que possamos vir a vender este edifício e é isso que nos irá permitir, com o dinheiro da venda, construir uma nova escola, construída no campus de Benfica, onde estão as outras escolas do Instituto Politécnico de Lisboa, e no qual temos já um terreno", adiantou a subdiretora da escola.
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"A situação d e venda do edifício já foi aprovada pelo Instituto Politécnico de Lisboa (...) e estamos agora à espera da autorização do Governo para o fazer", explicou.
Ana Silva Marques acrescenta também que as obras no telhado da escola ainda não aconteceram porque o concurso público que foi aberto não teve qualquer candidato.
"O livro de encargos está feito, foi aberto concurso para empresas de construção, mas esse concurso ficou deserto. Era para termos tido obras durante o verão e nãos as tivemos porque o concurso teve novamente de ser aberto e tudo isso atrasou", afirmou a subdiretora.
Notícia atualizada às 11h45, com declarações da subdiretora da Escola Superior de Dança