Alunos de mestrado e doutoramento voltam a ter empréstimos do Estado

O governo vai disponibilizar entre 30 a 40 milhões de euros anuais para os alunos que queiram pedir empréstimos para estudar. O executivo tinha já prometido a reintrodução deste apoio em 2017, mas o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explica que só agora terminaram as negociações com a banca.

audio TSF\audio\2018\03\noticias\05\manuel_heitor_1_atraso O ministro Manuel Heitor explica as razões do atraso deste apoio.

O sistema de empréstimos aos estudantes é um crédito de garantia mútua em que o Estado funciona como fiador. Não há exigência de garantias patrimoniais e os juros e o spread são reduzidos.

Em declarações à TSF, Manuel Heitor refere que o programa passa a ter regras mais simples e está mais direcionado para mestrados e doutoramentos.

"O principal instrumento de apoio aos estudantes na formação inicial é e será a ação social escolar, apoios a fundo perdido pelo Estado. Estes empréstimos têm sido usados em Portugal sobretudo por alunos de pós-graduação e serão sempre um complemento à ação social escolar que pretendemos desenvolver e estimular".

audio TSF\audio\2018\03\noticias\05\joao_videira_um_mau_principio O dirigente da federação académica do Porto considera que este é "um mau princípio".

João Videira, dirigente da federação académica do Porto, lembra que muitos estudantes não conseguem encontrar trabalho uma vez terminado o curso superior, e aqueles que conseguem estão sujeitos a condições précárias.

audio TSF\audio\2018\03\noticias\05\joao_videira_aposta_na_accao_social A prioridade, defende, deve ser o reforço da ação social.