O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revela que houve um crescimento de 29% em 2016, na desflorestação da floresta tropical no Brasil
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No período de agosto de 2015 a julho deste ano, o INPE registou 7.989 quilômetros quadrados (km2) de "remoção total da cobertura da floresta por corte raso". O Brasil não atingia a marca de 7 mil quilômetros cortados desde o ano 2010.
No entanto, o mapeamento do INPE mostra que, em comparação a 2004, quando foi iniciado o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, houve uma redução de 71% na taxa de corte raso, ou seja, na eliminação de toda vegetação existente sobre uma área. Os dados são registrados por satélite em áreas que tem mais 6,25 hectares.
Alterações Climáticas
Os ambientalistas já reagiram ao resultado. Para Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, o crescimento da desflorestação em 2016 deve representar um aumento de 130 milhões de toneladas de dióxido carbono nas emissões do Brasil. Isso equivale a duas vezes a emissão total de Portugal.
Num comunicado, o ministro do Ambiente, Sarney Filho, afirmou que, desde junho, o orçamento da pasta obteve um crescimento significativo para as principais unidades envolvidas no combate à desflorestação.