Quando a ansiedade se torna crónica passa a ser considerada uma doença mental e Portugal é um dos países mais "ansiosos" da Europa. Os especialistas garantem que esta perturbação é quase sempre tratável. Este sábado assinala-se o Dia Mundial da Saúde Mental.
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A ansiedade é a doença mental mais frequente na população portuguesa. Segundo um estudo da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, cujo trabalho de campo foi realizado em 2013, 16,5% dos portugueses sofrem de ansiedade. Em Espanha, por exemplo, esse número ronda os 5%.
A ansiedade é uma reação normal do organismo mas quando se torna crónica passa a ser considerada uma doença mental.
António Palha, psiquiatra e membro da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental diz que as fobias contribuem para "uma qualidade de vida diminuída, por as pessoas não serem livres de fazerem tudo o que querem".
Para este especialista a ansiedade em determinadas doses até pode ser útil; "é necessária em muitas situações. Pode ajudar a melhorar a perfomance, ajuda-nos na adptação a muitas situações. Mas, a partir de um certo grau começa a interferir nas nossas capacidades que nos desorganiza completamente. A ansiedade é boa até determinado grau e depois é altamente perturbadora do nosso comportamento".
António Palha lembra que "as fobias, uma ansiedade específica, são tratáveis. Qualquer destas situações tratadas precocemente resolve-se".