Comissão Europeia e Organização Mundial de Saúde reiteraram esta segunda-feira que a vacinação é uma das vias mais seguras para prevenir doenças.
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"As vacinas são uma das formas mais seguras e economicamente mais eficazes de assegurar a saúde pública e de prevenir doenças evitáveis", disse comissário europeu para a Saúde, Vytenis Andriukaitis, num comunicado divulgado no âmbito da Semana Europeia da Imunização.
A declaração, assinada conjuntamente com a diretora para a Europa da Organização Mundial de Saúde (OMS), Zsuzsanna Jakab, sublinha que "os mitos antivacinação e a falta de conhecimento podem levar as pessoas a recusar as vacinas, o que, por sua vez, pode abrir a porta para surtos de doenças", sustentando que "a diminuição da confiança pública na imunização é uma ameaça séria que não pode ser ignorada".
Um dos exemplos apresentados é o do sarampo, que matou cerca de 2,6 milhões de pessoas por ano até à larga difusão da vacinação, em 1980.
"Após um número recorde baixo de casos de sarampo relatados na Europa em 2016, um aumento nos contágios relatados até agora, em 2017, está a afetar bebés muito jovens que são demasiado novos para serem vacinados, bem como adultos de todas as idades e trabalhadores de saúde que nunca foram imunizados".
A Comissão Europeia e a OMS salientam ainda que "os benefícios das vacinas são uma questão de facto e não de opinião". "Temos que acabar com o ceticismo crescente face à imunização, que ameaça reverter os progressos alcançados na saúde pública", sublinha o comunicado.
18 países europeus foram incluídos numa lista de regiões com transmissão endémica de sarampo, divulgou no domingo a Direção-Geral de Saúde (DGS), com base em informações transmitidas pelo Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças. A lista inclui Roménia, Alemanha, França, Itália, Áustria, Bélgica, Polónia, Roménia, Suíça, Rússia, Turquia, Ucrânia, Irlanda, Bósnia e Herzegovina, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Sérvia e Macedónia.
Em Portugal, até quarta-feira, foram notificados "46 casos de sarampo, dos quais 21 confirmados e 15 em investigação" e uma morte, tendo a dez casos sido excluído o diagnóstico de sarampo, segundo a DGS.