Associação Zero espera que João Ataíde reavalie dossiers "críticos" do Ambiente
Ambientalistas apontam a queima de 200.000 toneladas/ano de resíduos na Lipor como um dos assuntos mais sensíveis nesta fase final da legislatura.
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Francisco Ferreira, ambientalista da Associação Zero, vê a entrada de João Ataíde para o lugar de secretário de Estado do Ambiente como uma nova esperança no sentido de evitar que alguns projetos do Governo sejam concretizados.
Um desses projetos é o programa de incineração de resíduos urbanos na Lipor. Francisco Ferreira espera que o novo secretário de Estado reconsidere esta situação para que se evitem erros que, na opinião da Zero, seriam dramáticos.
"A expectativa é a de que enfrente, de forma rigorosa, detalhada e conhecedora - tanto quanto possível, mesmo não sendo da área - um conjunto de dossiers que estão em fase final de decisão e que são absolutamente críticos. A [situação] mais polémica é a queima de 200.000 toneladas/ano de resíduos na Lipor que, para nós, é uma negação completa dos princípios da economia circular", defende.
A economia circular é precisamente, segundo Francisco Ferreira, "uma das três prioridades do Governo, a par das alterações climáticas e do ordenamento do território". Outras das áreas em que a Zero espera ver avanços são "a área de ruído, que tem andado muito esquecida e onde se espera algo até ao final da legislatura em termos de estratégia e de um novo olhar sobre o que vai ser feito, e ainda a água, na questão da reutilização de águas residuais".
Francisco Ferreira alerta para a existência de dossiers "críticos e fundamentais" nesta fase final da legislatura sobre os quais a Zero tem esperança que João Ataíde se debruce.
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