A descoberta foi feita a partir da análise de amostras de dois pacientes com sintomas compatíveis com a infeção por zika.
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O instituto de saúde brasileiro diz que para já não é possível comprovar que há risco de transmissão através destes fluidos, mas essa hipótese não pode ser posta de parte, sendo para isso necessário prosseguir a investigação.
Ontem, quinta-feira, foi confirmado o primeiro caso de infeção através de uma transfusão de sangue.
Já esta sexta-feira, a ONU pediu aos países atingidos pelo vírus zika, suspeito de provocar malformações congénitas, que autorizem o acesso das mulheres à contraceção e ao aborto.
O Alto Comissariado para os Direitos Humanos dirigiu-se em particular à América do Sul, onde diversos países não autorizam o aborto a pílula contracetiva, e que aconselharam as mulheres a evitar engravidarem devido aos riscos colocados pelo Zika.
"Como podem pedir a estas mulheres que não engravidem, mas em simultâneo não lhe oferecer a possibilidade de impedir a gravidez", interrogou-se perante os media a porta-voz Cecile Pouilly.
O vírus é suspeito de ter uma ligação com o surgimento de microcefalias, uma malformação congénita de atinge as crianças que nascem com um cérebro anormalmente pequeno.
Perante este risco, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou na terça-feira uma "urgência de saúde pública de âmbito internacional".
O vírus, que já surgiu em 25 países e territórios das Américas, propaga-se de forma exponencial na América latina através do mosquito 'Aedes aegypti', mas os Estados Unidos já anunciaram um caso de transmissão por via sexual, no Texas.